Cerca de 20% escolheram a divisão uniforme, ou seja, com metade da carga horária sendo feita nos escritórios e a outra metade remotamente. Já 18% preferem trabalhar mais tempo nas empresas, enquanto 10% querem trabalhar somente no regime presencial.  Conhecidos como nativos digitais, tanto a Geração Y (nascidos entre 1981 e 1996 e conhecidos como Millenials) quanto a Geração Z (nascidos entre 1997 e o começo da década de 2010) foram as primeiras que cresceram em contato direto com a tecnologia. O objetivo da pesquisa foi justamente avaliar as perspectivas de carreira dessas duas gerações, seus interesses e o impacto que os nativos digitais podem causar na economia e nos negócios. Afinal, os Millennials e Geração Z “representam a maior parte da força de trabalho global” e possuem potencial para “entregar cerca de US $ 1,9 trilhão a mais em lucros corporativos” nos próximos anos, conforme destacou o relatório.  A pesquisa The Born Digital Effect contou com a participação de 1.000 líderes e 2.000 profissionais, em dez países, e revelou que os lucros corporativos tendem a ficar acima da média nos países onde os nativos digitais são a maioria da população.  Já nos países onde a maior parte da mão de obra é composta por profissionais mais velhos, como Alemanha, Japão e França, ou onde os jovens ainda não possuem acesso facilitado ao ensino superior, como é o caso da Índia, é preciso reforçar os investimentos em educação e infraestrutura digital.  Observa-se ainda uma grande necessidade de adequar as rotinas de trabalho para as gerações Y e Z, quanto para as novas gerações, que estão cada vez mais conectadas. A seguir,confira os principais insights do estudo e entenda o motivo que motivou os nativos digitais a não quererem voltar ao escritório em tempo integral.

Por que os nativos digitais não querem voltar a trabalhar no escritório em tempo integral?

Os resultados surpreenderam os líderes que participaram da pesquisa. Eles acreditavam que os Millennials e Geração Z estavam “interessados em tecnologia e oportunidades de treinamento”. Mas 87% dos nativos digitais estão em busca de estabilidade na carreira, segurança e em encontrar uma maneira para equilibrar a vida pessoal com a profissional. Essa mudança de comportamento entre os funcionários mais novos, justifica o crescente interesse em não querer voltar a trabalhar no escritório em período integral depois da pandemia de COVID-19. Além disso, 58% dos líderes acreditavam que os funcionários mais jovens iriam escolher continuar trabalhando integralmente nos escritórios ou ficar a maior parte do tempo em regime presencial. Porém a maioria dos jovens preferem trabalhar remotamente.  Outro ponto divergente entre os líderes e as gerações Y e Z é em relação ao uso de aplicativos de mensagens no trabalho. Somente 21% dos executivos utilizam apps como WhatsApp e Slack em suas rotinas. Esse número sobe para 81% entre os colaboradores nativos digitais. A pesquisa deixa evidente que há uma desconexão entre gerações mais velhas e os nativos digitais, sendo preciso fazer um alinhamento entre os dois mundos para atingir os objetivos a longo prazo e alcançar o retorno financeiro que os profissionais mais jovens podem entregar. Conforme afirmou Tim Minahan, vice-presidente de estratégia de negócios da Citrix Systems, “para garantir o futuro, as empresas precisam cultivar trabalhadores mais jovens e adaptar seus locais de trabalho e práticas de trabalho para prepará-los hoje”. Leia também: Brasileiros preferem trabalho híbrido pós-pandemia, segundo o Google. Fonte: ZDNet; Business Wire; Citrix System

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