Apesar de ser um problema superado, informação nunca é demais, então o Showmetech preparou um artigo especial para desmistificar esse tema e deixar claro que ele não é mais um problema para as novas televisões.

O que é burn-in?

O efeito burn-in, também conhecido como screen burn, é um velho inimigo das televisões como as de LCD e até mesmo modelos mais recentes com as tecnologias AMOLED e OLED. Nem mesmo os celulares escapam, e os mais atingidos são modelos da Samsung e Motorola. Mas afinal de contas o que é o burn-in em telas OLED? O efeito é decorrente da exibição contínua de imagens por um longo período, que configura um desgaste nos LEDs orgânicos do display de determinados aparelhos, e com o tempo levam ao seu esfacelamento gradual. Em termos práticos basta pensar em um canal de televisão que esteja passando um noticiário. Atente-se para o logotipo do jornal, geralmente exibido no canto inferior direto, e como a imagem se comporta ao longo do tempo. É provável que pelo fato daquela imagem ter sido exibida de forma contínua por muito tempo os LEDs trabalhem de forma muita mais acelerada do que os demais, gerando uns desgaste maior dos mesmos em uma longa escala de exibição O burn-in em telas OLED pode ser confundido com a persistência de imagem, que tem a mesma origem e consequências, mas que desaparece pouco tempo depois. O screen burn geralmente não desaparece e continua durante o resto da vida útil do produto. Em celulares é muito comum que os botões virtuais de navegação como retornar, o menu de abas abertas, e home sejam os mais atingidos, justamente por ficarem ativos em grande parte do tempo na utilização de smartphones. A exposição ao sol também pode ser um dos causadores do burn-in em telas OLED.

Por que o burn in ocorre em telas OLED?

A explicação principal está direcionada à tecnologia OLED. Seu funcionamento se dá a partir de um sistema que produz sua própria luz, proveniente de um material emissor, o chamado LED orgânico. Esse material é mais propenso ao efeito quando comparado com a tecnologia QLED, a qual os LEDs passam a ser do tipo de pontos quânticos. As tecnologias Nanocell e QLED utilizam pontos quânticos e tornam os painéis dos televisores uma grande barreira contra o efeito. No entanto, o efeito burn in ainda ocorre em telas AMOLED de smartphones e, enquanto a tecnologia para telas de dispositivos móveis não consegue resolver esse problema, existem formas de contornar esse defeito e prolongar a vida útil da tela de seu smartphone.

Como evitar o burn-in em telas OLED?

Utilizando a TV de maneira regular — ou seja, assistindo filmes, séries, noticiários e demais conteúdos audiovisuais — é muito pouco provável a ocorrência do burn in ao longo da vida útil da televisão. Entretanto, para mitigar sua ocorrência algumas boas práticas são recomendadas.

Mantenha as configurações de brilho originais da TV;Jogando videogame ou assistindo conteúdo em aplicativos como YouTube (que possuem barra de navegação e comandos em posição fixa) recomenda-se diminuir o brilho da tela;Não mantenha a TV ou smartphone expostos à luz solar constante;Mantenha a proteção de tela ativada;Mantenha ativadas as funções que previnem o burn-in — como Screen Shift, Scren Saver e Pixel Refresher nas TVs LG

É importante salientar que o burn in é um defeito de hardware e não de software, e só pode ser contornado com a troca do display do aparelho afetado, e que geralmente não está incluso na garantia — as fabricantes consideram que o uso constante das TVs e smartphones com imagens estáticas se enquadra em mau uso do equipamento.

A nova linha de TVs OLED evo

Durante sua participação na CES 2021, as TVs e displays foram os dispositivos que mais receberam atenção da LG, que anunciou a nova linha de TVs OLED evo. A primeira mudança dessas novas telas está nas camadas de pixels, em que as novas OLED evo irão adicionar um substrato verde extra de emissão de luz entre os dois azuis, facilitando o aumento de brilho e possivelmente ampliando a cobertura de cores. A segunda mudança mora justamente nos substratos azuis, que tiveram seu material de composição modificado, conforme explicado pela empresa. A LG deixou de adquirir os emissores OLED azuis com a Idemitsu Kosan, que os produz utilizando Hidrogênio, para comprá-los da DuPont, que utiliza Deutério (um isótopo do Hidrogênio) em sua composição. Tais mudanças mostram diversas melhorias em relação aos modelos atuais de televisores OLED — entre eles a garantia da eliminação do defeito de burn-in. Por enquanto, os displays OLED evo devem se manter exclusivos da linha OLED G1 da LG, além de equipar TVs de outras companhias, enquanto as séries A1, que já está confirmada para chegar ao Brasil, B1 e C1 seguem utilizando os displays OLED tradicionais.

Vale a pena comprar aparelhos com telas OLED?

Resposta curta: sim! Como mencionamos na introdução desse artigo, os novos modelos de TVs OLEDs disponíveis atualmente no mercado são desenvolvidas com recursos que alteram a imagem mesmo que você não perceba (screen shift), protegendo contra o efeito de burn-in. Além disso, esses tipos de televisores possuem protetores de tela (screen savers) semelhantes aos vistos em computadores, e desligam quando as telas estão pausadas. As TVs OLED oferecem bons painéis, cores mais vivas, tons de preto reais, contraste e intensidade maior, altas taxas de atualização, não há vazamento de luz, são boas para jogar — uma grande lista de vantagens sobre outras tecnologias de tela. De acordo com as especificações tecnológicas dos principais fabricantes, o painel OLED tem vida útil de 100 mil horas (11 anos de uso), maior do que o tempo de duração da concorrente (QLED), que é de 7 a 10 anos. O OLED é atualmente a melhor tecnologia para telas de TV, com o MicroLED buscando esta posição para o futuro — apesar de haver telas MicroLED sendo vendidas em TVs e aplicações comerciais, limitações para a produção deste tipo de tela permite que sejam produzidos apenas modelos muito grandes (o menor modelo da Samsung vem com 76 polegadas). Enquanto isso, o OLED continuará sendo a melhor opção para telas de TV de altíssima qualidade.

Melhores modelos de TVs OLED

O Showmetech recomenda modelos como a LG OLED CXPSA, que conta com um processador parrudo, alta qualidade de imagem com HDR10 e Dolby Vision, qualidade de som com Dolby Atmos e inteligência artificial que faz a diferença. O modelo de 55 polegadas custa R$ 5.999,00 no Submarino. Outro modelo interessante é a Panasonic 4K TC-65FZ1000B, que possui a tecnologia Master 4K PRO HDR OLED e dispõe de uma tela com 8,2 milhões de pixels que são iluminados individualmente, a fim de exibir cores mais vividas e com tons de preto perfeitos. Além disso, o modelo vem com funções exclusivas, como o Dynamic Scene Optimizer, que aperfeiçoa a imagem HDR de acordo com o conteúdo. A Sony Bravia 4K XBR também é um televisor impressionante que possui recursos de última geração como o HDR, a tela TRILUMINUS e o processador 4K HDR Processor X1 Extreme. E é graças a essa combinação que esta smart TV garante excelentes níveis de cores, contrastes e riqueza de detalhes. O modelo — o último OLED lançado pela Sony no Brasil, antes de sua saída do mercado de TVs — pode ser encontrado nas melhores lojas de eletrônicos a partir de R$ 3.199,00. E para finalizar, temos a LG B9 ThinQ AI, que tem resolução 4K e opções de 55 ou 65 polegadas. Esta TV conta com painel Ultra luminância, tecnologia HDR Ativo, 4K Upscaling e dois processadores HDR10 e HLG. O modelo pode ser encontrado nas melhores lojas de eletrônicos a partir de R$ 9.499,00. Fontes: CNET, TechRadar

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