Um ensaio escrito pelos pesquisadores da universidade alemã explica o motivo da pesquisa: um painel sensível a toques acoplado à própria pele do usuário facilita o uso da tecnologia, principalmente ao levar em conta que seres humanos, no geral, estão sempre em movimento. Além disso, as tatuagens substituiriam a necessidade de, por exemplo, olhar para o celular o tempo todo, melhorando a coordenação motora. Como a maioria dos movimentos são instintivos, ainda mais com a presença dos aparelhos eletrônicos tão enraizada na sociedade, ninguém perderia tempo memorizando coreografias específicas para usar essa ferramenta.

Como a tatuagem inteligente da SkinMarks funciona?

A tecnologia funciona por meio de sensores instalados na superfície da tatuagem inteligente. Ela, por sua vez, é produzida ao aplicar um tipo de tinta condutiva num papel de tatuagem via processo de serigrafia, como normalmente são feitas as estampas de camiseta, mas colando esse papel com um condutor térmico. As tintas condutivas servem, entre outras coisas, para desenvolver circuitos elétricos numa superfície qualquer. Por causa disso, as ilustrações não podem ser muito complexas, mas ainda dá para fazer um coração, um raio ou algo mais minimalista. Ainda de acordo com o estudo da SkinMarks, elas podem ser aplicadas em cinco tipos de superfície no corpo — em um processo semelhante à aplicação de tatuagens temporárias. Essas superfícies são diferentes das outras partes da pele porque são facilmente identificáveis e se destacam. Dentre elas, estão as pintas, as dobras do cotovelo, as articulações nos dedos da mão e superfícies ósseas, como as que ficam no punho. Além dessas, há também a possibilidade de posicionar uma tatuagem inteligente próxima a um acessório, como brincos, anéis e pulseiras — nesse caso, a tatuagem funcionaria também como um adereço temporário e, para ativá-la, a pessoa poderia girar o anel no dedo ou mexer o bracelete. Imagina só, poder ver as horas ao dobrar um dedo? O SkinMarks, portanto, traz à tona um protótipo de tecnologia que poderia muito bem ter saído de um livro de ficção científica, no maior estilo cyberpunk. No entanto, até agora o Google se limitou a financiar a pesquisa alemã, o que significa que esse tipo de tatuagem inteligente ainda não é um produto destinado ao público, mas sim uma ideia que pode até influenciar novos estudos. Quem sabe, daqui alguns anos, isso seja uma realidade para a população? Não dá para saber, só aguardar. Se você quiser saber mais sobre esse projeto específico do Google, confira o vídeo abaixo, em inglês, sobre o SkinMarks. O projeto SkinMarks do Google pode ser considerado um sucessor das antigas tatuagens eletrônicas que funcionavam via Bluetooth, lá na década passada. Claro que, atualmente, a tecnologia financiada pelo Google é infinitamente mais desenvolvida e a tendência é isso ficar cada vez mais inovador. Talvez o jogo Cyberpunk 2077 ou os romances distópicos de William Gibson não estejam tão distantes assim. Fontes: CNET | SkinMarks Paper

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