A grama é sempre mais verde

Primeiro de tudo, é preciso destacar a jogabilidade. Há sim muitas diferenças com relação à versão do ano passado. A sensação que tive foi de ter maior controle dos jogadores, e também do direcionamento da bola, seja no passe, lançamento ou chute. Agora é preciso ter o jogador minimamente bem posicionado para realizar o movimento. No campo dos chutes, além dos tradicionais, agora temos um novo tipo: o super chute. Resumindo de forma extremamente grosseira, é o famoso bicudão e seja o que Deus quiser. É possível ativar ou não um pequeno zoom na tela quando ele é acionado e a bola sai numa velocidade incrível. Particularmente, eu usei quando estava muito perto do goleiro e sabia que ele iria pegar de algum jeito milagroso, mas há muitas maneiras de usá-lo, vai de cada um. Particularmente, os gráficos dos anteriores da franquia FIFA nunca me agradaram. Os bonecos pareciam feitos de cera, totalmente fora da realidade, mas dessa vez eles estão bonitos. Os jogadores mais famosos, como o Messi, menino Ney, Son e muitos outros estão bastante fiéis. Outro ponto a se exaltar aqui é a movimentação dos cabelos. Na corrida eles seguem os padrões que vemos na realidade, o que é muito legal de ver, principalmente quando marcamos um gol. E falando em grama, ela sempre começa limpinha e lisa, mas ao final de cada partida, fica totalmente detonada, tal qual na vida real. Deu um carrinho e colocou as duas mãos no chão? Lá está a marca. Outras mudanças foram nas cobranças de pênalti, escanteios e faltas. Os pênaltis perderam a mira, e agora possuem um sistema de acerto com um círculo que abre e fecha. Quanto mais perto do centro da bola, melhor, e assim mais fácil de fazer o gol. As faltas e escanteios são parecidos. Agora há uma linha que mostra mais ou menos a trajetória da bola, e pode ser alterada de acordo com o efeito que escolhemos dar na hora da batida. Ou seja, algum treino será necessário para dominar essas mudanças.

Nos vestiários

O modo carreira continua muito gostoso de se jogar. Agora há algumas cenas complementares para aumentar a imersão, como o técnico levando algum jogador que deixou o clube até a porta, ou então recebendo algum atleta. As cenas podem variar um pouco de acordo com o nível dos jogadores. Isso é basicamente uma perfumaria, mas que traz um algo a mais para o jogo. Uma coisa que ficou muito legal foi o fato de terem colocado diversos técnicos da vida real nos seus respectivos clubes. Ou seja, é possível escolher o Guardiola e treinar o Manchester City. Pro meu teste eu escolhi o Tottenham, com o Antonio Conte como treinador, e a qualidade ficou altíssima. As “transmissões” das partidas também ficaram um show à parte, e parece que estamos mesmo vendo um jogo na televisão ao invés de estar jogando FIFA. Outra coisa que a Electronic Arts adicionou foi o treinador Ted Lasso, da série de TV, e também o time que ele comanda. Um prato cheio para os fãs da obra. Além disso, os modos Volta e Pro Clubs serão compartilhados, ou seja, o mesmo jogador poderá ser usado em ambos. Isso garante que mais recompensas sejam recebidas no decorrer das temporadas, que aconteceram em períodos estabelecidos. No modo FUT, Fifa Ultimate Team, o entrosamento mudou, facilitando o aumento da química entre os jogadores. Além disso, os pacotes poderão dar itens que servem para personalizar os estádios, colocando mosaicos e outras coisas, tudo para deixar a casa do seu jeito.

Crossplay

FIFA 23 contará com um sistema de crossplay, isto é, a possibilidade de se jogar partidas contra usuários de outros sistemas além do seu. A divisão ficou bastante simples: jogadores do PlayStation 4 e Xbox One podem jogar uns contra os outros, enquanto as demais plataformas, PlayStation 5, Xbox Series S|X e PC fazem parte do outro grupo. No meu teste, eu joguei 3 partidas contra um amigo no PC, e a inclusão dele na minha lista de amigos foi muito fácil, além de começar as partidas. Em nenhum momento das partidas houve lag, atrasos ou coisas do tipo. É possível ainda conversar com o amigo. Esse sistema facilita a inclusão dos amigos nas jogatinas e incentiva a criação de torneios não-oficiais. Um baita acerto da Electronic Arts.

Adeus, FIFA 23

O acordo entre a Electronic Arts e a FIFA aparentemente acabou. Isto é, a partir do ano que vem, não teremos mais jogos com a marca FIFA, pelo menos não da forma como conhecemos. A tendência é uma mudança de nome, que deve ser EA Sports FC. Então, FIFA 23 é o último de seu nome. Por conta disso, talvez, não tem como saber, essa tenha sido a edição mais caprichada da franquia nos últimos anos. A jogabilidade está excelente, e todas as adições fazem com que este seja um jogo único, se comparado aos antecessores. É possível fazer com que a jogatina aconteça do seu jeito, e as transmissões das partidas estão ainda melhores que no ano passado. Um dos poucos pecados do jogo é não ter a liga brasileira. Contudo, isso é mais erro dos dirigentes e jogadores brasileiros do que da Electronic Arts. Aqui é tudo bagunçado e não há uma liga que possa negociar pela categoria, ficando tudo ao deus dará. Uma pena. Os modos de jogo fazem com que fiquemos presos em FIFA 23 por várias horas, sem lembrar dos problemas da vida. Para este que vos escreve, este jogo, sem sombra de dúvidas, é o melhor simulador já feito até hoje. E nos resta esperar para ver o que acontecerá com nosso amado FIFA, ou seja lá qual nome ele terá no ano que vem. Vejam também: Para ficar por dentro do mundo dos games, como a História do Super Mario Kart, e também do universo da tecnologia, fique de olho aqui no Showmetech.

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