Mas será que as novidades do Odyssey 2 justificam seu preço, que beira a casa dos R$ 9 mil? Analisamos a versão mais potente do notebook, equipada com um processador Intel Core i7, 16 GB de RAM, GPU Nvidia GeForce RTX 2060 e SSD de 512 GB, e nossa análise você confere nas próximas linhas. 

Design e acabamento

Logo de cara, vemos que o Odyssey 2 evoluiu, e muito, em relação ao primeiro Odyssey. O notebook abandonou a carcaça de plástico e adotou um visual metálico, que dá uma sensação de robustez e uma certa elegância ao modelo.  Entretanto, basta uma comparação mais profunda para perceber que ele tem um design até mais sóbrio. LEDs? Somente no botão de Liga/Desliga. Os traços rebuscados também dão lugar a linhas retas, o que o faz lembrar um notebook tradicional. Mas ele não foge de alguns detalhes gamer: o suporte da tela, por exemplo, tem uma única dobradiça no meio, no qual a Samsung comenta que “ajuda na dissipação do calor”. O visual é interessante e se destaca dos designs convencionais desse tipo de computador. Em relação às portas e entradas, o Odyssey 2 acompanha uma quantidade “normal”, mas pelo preço bem que poderia ser mais completo. Na direita há duas portas USB 3.0 (padrão A) e uma entrada 3,5mm para fones de ouvido. Já na direita tem uma entrada HDMI, outra porta USB 3.0, uma porta USB-C e uma Ethernet. Não tem leitor para cartão de memória, infelizmente.

Teclado e touchpad

Minha relação com o teclado do Odyssey 2 foi de amor e ódio. Nos primeiros dias de uso, achei as teclas bastante pequenas na hora de jogar títulos de FPS, onde um miss click (toque errado, em tradução livre) pode fazer muita falta. Mas é apenas questão de costume. As teclas são bastante confortáveis e os comandos são praticamente instantâneos.  Diferente do primeiro Odyssey, o teclado da segunda geração também é retroiluminado, mas traz a cor característica da linha, em vermelho. Não é possível mudar a cor do teclado, mas sua intensidade pode ser ajustada pelo programa Samsung Settings.  Outra diferença significativa em relação ao primeiro Odyssey é o touchpad. Na primeira geração havia um LED em volta, dando um ar bem mais descolado. A segunda versão tirou o LED e aumentou seu tamanho, dando mais ênfase ao toque e aos comandos. 

Tela e áudio

O Odyssey 2 traz uma tela PLS LCD de 15,6 polegadas e resolução Full HD. Há também uma camada antirreflexiva, bem como taxa de atualização de 144Hz (o único da linha a contar com esse número) e suporte ao Nvidia G-Sync.  Cumprindo o que promete, os 144Hz deixam a visualização de conteúdos muito mais fluida, sem travadinhas, ideal na hora daquele jogo de ação frenético. Além disso, ângulos de visão mais desfavoráveis não causam perda de visibilidade, já que a camada antirreflexiva trabalha muito bem.  No geral, não há do que reclamar da tela do Odyssey 2. Apesar do painel PLS LCD, as cores são bastante vivas e o brilho é intenso. Pelo preço do notebook, esperava que, pelos menos, a resolução fosse 2K. Contudo, a maior parte dos títulos podem ser jogados com seu potencial gráfico máximo em Full HD.  Já o áudio é surpreendente, dentro das limitações que já vimos em diversos alto-falantes. O som é alto e claro, mas peca nos graves e médios. Como sempre fazemos, um ajuste na equalização conseguiu amenizar a falta de graves, mas, na dúvida, use fones de ouvidos. 

Desempenho

O Odyssey 2 tem algumas opções que diferem nas configurações. A versão testada traz processador Intel Core i7-9750H de 2,6 GHz, 16 GB de memória RAM DDR4, placa de vídeo Nvidia GeForce RTX 2060 de 6 GB, um SSD NVMe de 512 GB e um HD com 1 TB de armazenamento. Com tal configuração, não podemos esperar menos do que um desempenho excelente durante os testes com todos os jogos de nossa biblioteca. Resident Evil 2 rodou com as configurações no máximo com os 60 FPS cravados, sem nenhuma perda de performance. Já em Devil May Cry V, no entanto, houve umas quedas leves de quadros quando haviam muitos elementos no cenário. As configurações foram setadas no ultra. Para os amantes de jogos de mundo aberto, o Odyssey 2 segura o seu xará Assassin’s Creed: Odyssey com maestria. O jogo foi setado no Muito Alto com escala de renderização em 100% e foram poucos os momentos onde os FPS caíram por volta de 50-55. Entretanto, o usuário é capaz de redirecionar todo o processamento para jogos com o modo Beast Mode, que pode ser configurado mediante o software Odyssey Control (que abordaremos mais à frente) ou pelo atalho na tecla de função F11. O modo realmente funciona e entrega performances melhores que no modo tradicional. Claro que todo esse poderio tem um revés e ele vem em formato de calor e barulho. A temperatura do Odyssey 2 chegou a 80 graus durante a execução de jogos no Beast Mode, além do alto barulho de funcionamento dos robustos coolers Jet Blade, tornando a jogatina sem headset muito incômoda. Mesmo sendo um notebook focado em jogos e que ficará a maior parte do tempo conectado à tomada, a autonomia de bateria poderia ser um pouco melhor para valorizar sua mobilidade. Por volta de 2 horas de navegação, executando vídeos e escutando música, a bateria caiu para 35%. Levando em consideração que nem jogos foram executados, o resultado decepciona.

Software Odyssey Control

O software Odyssey Control é o painel de controle de desempenho do Odyssey 2. Aqui o usuário pode configurar a exibição desejada mediante uns presets, como FPS, RTS, RPG, e AOS. Além de ser uma ferramenta para analisar dados de performance do notebook, gerenciar capturas de tela feitas durante a jogatina e ativar o Beast Mode, comentado anteriormente. O software é bem intuitivo e dá total controle para usuários que entendem pouco de overclocking e mesmo assim querem extrair o máximo poder que o notebook pode proporcionar. Agora, além do Odyssey Control, a Samsung recheou o Odyssey 2 com softwares de fábrica como um smartphone de operadora. O usuário encontrará aplicativos para notas, gerenciamento de RAM, gravação de voz, workstations, além do antivírus McAfee Life Safe. Isso não seria tão incômodo se esses aplicativos fossem úteis, contudo, o usuário encontrará experiências mais completas com outros programas disponíveis no mercado.

Conclusão

O Odyssey 2 realmente provou que em time que está ganhando se mexe, sim. Ele representa uma evolução natural do primeiro Odyssey, com design mais elegante e robusto, configurações extremamente poderosas e recursos extras que dão conta do recado até no jogo mais pesado. Pelo preço de R$ 8.527, o que falta é uma tela 2K, bem como portas mais completas. Entretanto, se você busca um notebook poderoso, esse é o Odyssey 2. Gostou do notebook? Deixe sua opinião dos comentários.

Especificações técnicas do Odyssey 2

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