Design e destaques

A Philco Roku TV chegou ao Brasil em janeiro.Em termos de design, a televisão parece seguir um padrão mesmo mudando de fabricante. As bordas finas e base discreta são tradicionais em modelos 4K da atualidade, porém, damos destaque ao logo “Roku TV” no canto inferior direito da tela (idêntica à Roku da AOC). Do lado esquerdo, temos o selo Dolby Audio de qualidade. Precisamos ressaltar: as bordas são incrivelmente finas. É impressionante. Um salto de evolução foi a chegada de opções básicas em várias resoluções: além da opção de 50 polegadas que testamos, a Philco traz modelos de 32 (HD), 42 (Full HD) e 58 polegadas (4K). Com este catálogo vasto e a uniformidade do sistema operacional, que vai do básico até a maior 4K, vemos a eficácia de adaptação de um OS para todos os públicos. Detalhe que isso é algo raro de se encontrar em outras fabricantes, que costumam levar outras versões da interface para linhas com resoluções diferentes. Por dentro, a Philco Roku TV vem acompanhada de um processador quad core que, junto da interface simplificada, é feito para evitar travamentos na transição entre apps e garantir bom desempenho em tudo. Em termos de conectividade, ela traz 4 entradas HDMI (uma ARC), duas USB 2.0, uma para vídeo e áudio estéreo (RCA), uma conexão para TV aberta, uma saída óptica de áudio e uma P2 (para fones de ouvido). São conexões suficientes para tudo, ponto pra Philco! Veja nosso review da Philco Roku TV também no YouTube:

Imagem e som

O display possui frequência de 60Hz e design de borda infinita, com capacidade de reproduzir conteúdos HDR10 – ou seja, de alto alcance dinâmico, com uma boa taxa de contraste. Direto da caixa, a TV apresentou um resultado satisfatório quando a atenção foi voltada à fidelidade de cores. Além disso, explorando as funcionalidades da Philco Roku TV, encontrei o grande segredo para deixar a visualização ainda melhor: os perfis de imagem. Em ambiente iluminado (em outras palavras, durante o dia, nos meus testes) o modo de imagem mais agradável foi o “vívido”. Já em um cômodo mais escuro, recomendo o “baixa energia” – também é possível ajustar o brilho manualmente, mas o resultado do perfil pré-configurado foi mais prático e igualmente eficiente. Vídeos em 4K no YouTube, como a arara da imagem acima, são como os “benchmarks ideais” de testes de displays. Neste caso, tive resultados fantásticos de cor e contraste. Porém, nada foi melhor que um gigante trio de streamings em 4K UHD (Netflix, Apple TV+ e Disney+) para testar a performance de imagem da Philco Roku TV. No serviço da Disney, um grande atrativo recente foi o espetacular Soul, animação que inclusive concorreu ao Globo de Ouro eu ganhou. O longa foi feito para exibição em telas de cinema e foi levado para o streaming, então é de se esperar que uma TV 4K consiga reproduzir os mínimos detalhes sem muita perda de informação. Afirmo que tanto Soul como o blockbuster Vingadores Ultimato tiveram uma boa adaptação na “telona” de 50 polegadas, o que na sala de estar (pela proximidade ao sofá) se equipara ao amplo ângulo de visão que ocuparia uma tela de cinema. Entre cenas coloridas da Pixar, uma série de viagem pelo mundo e o sucesso Bridgerton da Netflix, a Philco Roku TV performou uniformemente de maneira espetacular – tendo, inclusive, a aprovação da minha mãe, em uso no dia-a-dia. Tratando do reflexo da tela, a smart TV se encontra nos padrões de telas dos modelos 4K de entrada do mercado. Logo, ela nem decepciona, nem surpreende. O brilho de nível normal agrada e o contraste como um todo (e não somente pelo HDR10) é suficiente para assistir qualquer coisa. Por sinal, exibindo conteúdo de games a Philco Roku TV também cumpriu o esperado. Além disso, incluso no sistema, o modo game reduz o tempo de resposta para somente 8 milissegundos, o que foi mais que o suficiente para não sentir incômodo (nem delay) ao aproveitar os títulos de ação, como jogos de corrida e de tiro em primeira pessoa. Como a maioria das televisões 4K, temos aqui 60Hz, então ela não é a mais ideal para a nova geração de consoles que suportam até 120Hz em 4K, porém, serve como uma primorosa resposta a quem quer desfrutar de conteúdos em UHD. À primeira vista, o áudio da Philco Roku TV soou com maior compressão do que esperado. Já sabendo dos modos de imagem, bastou configurar também os perfis de som para combinar com o conteúdo exibido. Enquanto o “normal” soa bastante abafado (o que vem pré-configurado, direto da caixa), o modo “teatro” foi o mais versátil. Creio que esta seja uma tradução literal de theater, quando o som combinaria mais com a tradução alternativa do inglês para nosso idioma: cinema.

Sistema operacional e interface

O ponto principal da TV não poderia deixar de ter um destaque especial aqui no review. O sistema Roku, que com certeza é o mais forte diferencial do produto, está com as opções distribuídas de maneira bastante acessível. Por ter o prazer de testar previamente o Roku Express (em paralelo a outro streaming player) no ano passado, foi uma questão de segundos até relembrar a lógica de navegação no intuitivo sistema Roku. Ainda assim, navegantes de primeira viagem não sentirão dificuldade alguma. Desde o setup inicial, o sistema te guia com cautela – existe até um vídeo oficial da empresa no YouTube. Na instalação, porém, tive um pequeno “engasgo” de boot inicial: a Philco Roku TV se conectou com sucesso ao Wi-Fi, atualizou o sistema e obrigou a passar pelos mesmos prompts exatas três vezes – mesmo (pelo visto) já tendo instalado a versão mais recente. Depois disso, o setup foi muito fácil. Bastou fazer login pela URL fornecida e então vincular minha conta à Philco Roku TV. A seção “Pesquisar” funciona como um JustWatch próprio, pois, ao inserir o nome de um filme, episódio ou até mesmo do diretor, você tem os resultados de serviços disponíveis para compra, aluguel ou para os inclusos nos seus serviços de streaming. Quem assina pelo menos três serviços levará vantagem, uma vez que títulos costumam ser rotativos – e, na chegada de novos streamings para cá, uma função assim vem muito a calhar. Em questão de personalização, o Roku também ganha pontos positivos. O mais explícito (e menos funcional) é o tema, com alguns inclusos na instalação e outros disponíveis para download. O de motocicletas em chamas tem um padrão de texto em amarelo e fundo preto muito agradáveis. Após explorar ao máximo os menus, uma boa surpresa foi poder configurar a inicialização automática da TV em uma entrada HDMI específica, o que poupa de precisar intercalar controles e também de fazer a mesma repetição mecânica sempre que quiser ver TV à cabo. Ainda falando sobre o controle da Philco Roku TV, a separação de “Home” e dos botões de voltar e “replay instantâneo” (para o canal/app anterior) são de fácil memorização. Temos também as teclas de avançar, retroceder e o de play/pause na reprodução do conteúdo, uma absoluta necessidade nos viciados de streaming. As pilhas não são enviadas junto, infelizmente. Por ser derivado de uma stream-box, o Roku sofre de um sutil inconveniente: não é possível sobrepor o menu com uma barra de navegação entre os aplicativos. Essa facilidade é útil para quem quer decidir a troca de apps antes de sair do atual, por exemplo. Como, com o tempo, me acostumei com ambos sistemas Tizen (Samsung) e webOS (LG), é algo que percebi e senti falta. Em compensação, os quatro atalhos de serviços no controle remoto (Netflix, Globoplay, Google Play e HBO Go) ajudam bastante, visto que a concorrência costuma ter no máximo uma dupla destes em seus controles. Ainda gostaria de dar destaque para o aplicativo para smartphones Android e iOS, que unifica ambos os sistemas Roku (TV e o Roku Express) e dá dezenas de atalhos práticos. O tempo de resposta é imediato, por sinal. Ele também resolve o problema recorrente de digitação em campos de texto da TV, sem que você precise selecionar letra por letra com as “setinhas” do controle remoto. Convenhamos, digitar no celular é muito mais fácil. Os modelos de 50 e 58 polegadas da Philco Roku TV também suportam o Apple AirPlay 2 e o HomeKit. Ou seja, donos de dispositivos iOS podem compartilhar o conteúdo direto do dispositivo para a TV. E, claro, quem possuir um Android também pode exibir arquivos pessoais em tela grande (via app) e espelhar o display do celular na Roku TV.

Conclusão

A Philco Roku TV é um produto espetacular que se diferencia das demais concorrentes pelo sistema operacional. Sob a ótica do consumidor de TVs 4K de primeira viagem, ter acesso intuitivo a canais e aplicativos faz com que o produto valha a pena. O modelo de 50 polegadas chegou por um preço sugerido de R$3.399,00 e pode ser encontrado hoje na loja oficial do Showmetech na Magazine Luiza, por R$ 2.999. Falando da relação custo-benefício entre lançamentos recentes, infelizmente a Roku TV ainda se encontra um pouco em desvantagem, com valores até 20% mais caros do que outras 4K (com especificações técnicas equivalentes) lançadas de outubro até agora. Em contrapartida, a otimização de flexibilidade do sistema, capaz de se adequar a múltiplos tamanhos e resoluções da linha Philco Roku TV, resulta em uma ótima experiência de som e imagem na interface única da Roku. Se vale à pena? Com certeza! Conjunto excelente num preço justo.

Especificações técnicas

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