O isolamento fez com que o transporte fosse interrompido e negócios fossem fechados nas três cidades, e até mesmo o medo do surto no país contribuiu para uma queda no comércio e turismo.

Queda nas ações da China

Na China, a Bolsa de Valores de Shanghai teve uma queda de 2.8% e a Bolsa de Valores de Shenzhen caiu 3.5%. Quem também sofreu quedas foram o índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, de 1.5%, e o principal índice econômico da Bolsa de Valores de Tóquio, Nikkei, de 1%. Os comerciantes também se apressaram para vender o máximo possível antes do Ano Novo Chinês, que tem inicio no dia 25 de janeiro esse ano. As linhas aéreas foram afetadas, como era previsto, tanto pelo fechamento quanto pelo medo de espalhar ainda mais o Coronavírus. A Air China teve uma queda de 4.4%, a China Eastern teve uma queda de 3.4%, e a China Southern de 3.7%. Outro mercado afetado foi o de mídia, uma vez que a Wanda Films caiu 7% e a Beijing Enlight Media caiu 5%.

Impacto do Coronavírus na China

Em contrapartida a essas quedas, as ações de planos de saúde tiveram um aumento considerável. Isso porque os investidores já anteciparam a alta demanda que surgirá com remédios, máscaras e outros produtos médicos tanto de contenção, prevenção e tratamento do Coronavírus. Os grupos farmacêuticos Shandong Lukang Pharmaceutical, Jiangsu Sihuan Bioengineering, e Jiangsu Lianhua Pharmaceutical tiveram um pulo de 10% em relação ao limite diário normal. Seema Shah, chefe estrategista dos Investidores Globais Principais, disse que: As autoridades chinesas fecharam Wuhan, que foi a cidade onde os primeiros casos começaram a aparecer, e com isso foram canceladas as saídas de trens e vôos, além do transporte público. Outras duas cidades que foram fechadas e isoladas foram Huanggang e Ezhou, que contam com 7.5 milhões e 1 milhão de residentes, respectivamente. Em Huanggang já foram fechados cinemas, lanchonetes, cafés, supermercados centrais, e todo mundo que entra ou sai da cidade de carro precisa ser examinado. De acordo com os jornais, essas medidas já estão começando a valer também em Ezhou. Por enquanto a maior preocupação é a chegada do ano novo chinês, e com isso, mais pessoas visitando parentes e amigos mesmo dentro do país.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são grupos virais com capacidade de provocar infecções no trato respiratório tanto de humanos quanto de animais. Porém, a variante que está causando o surto na China é nova, ainda desconhecida, e por isso ficou conhecida como “o novo coronavírus 2019” ou simplesmente “2019-nCov”. O que se espera é que a identificação do vírus seja o mais rápida possível, e até o momento as autoridades chinesas acreditam que o coronavírus 2019 surgiu através do consumo de carne de coelhos, pássaros ou peixes. Os sintomas mais comuns são os de uma infecção respiratória como febre, tosse, falta de ar e até dificuldades em respirar. Os casos mais graves são ainda mais perigosos por apresentar sintomas semelhantes à pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave, causando até morte. Por ser uma variante nova, os especialistas ainda estão descobrindo sua causa e como se dá o processo de infecção para só então encontrar o tratamento adequado e principalmente, uma forma de prevenção. Porém, a criação de uma vacina para doenças novas pode durar até anos para ser viabilizada.
Informações do National Institutes of Health indicam que eles já estão começando a trabalhar na vacina para o Coronavírus 2019, principalmente por causa da gravidade e da facilidade com que ela está sendo espalhada. Ainda assim, ela pode levar cerca de um ano para realmente chegar aos hospitais e as pessoas doentes.

Risco em outros países

Existe ainda a possibilidade da Organização Mundial de Saúde declarar “emergência de saúde pública de interesse internacional”, visto que alguns casos já começaram a surgir também em outros países. Um homem de 30 anos nos Estados Unidos foi confirmado com a doença após retornar de Wuhan no dia 15 de janeiro.
No Brasil, inclusive, há o caso de uma mulher de 35 anos que voltou de Xangai no dia 18 de janeiro e apresenta sintomas compatíveis com o Coronavírus. O Ministério da Saúde já alertou as vigilâncias sanitárias tanto de portos quanto de aeroportos pra melhorar as informações para os passageiros e reforçar os cuidados.
Fonte: MarkertInsiders

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