O projeto, parceria entre a NASA e ESA, também deve ajudar a saber se realmente há vida fora do Planeta Terra e até mesmo outro Sistema Solar. Veja todas as informações do telescópio James Webb e como isso deve revolucionar como conhecemos o espaço.

O que é o telescópio James Webb e qual sua importância?

Desenvolvido em uma parceria entre a NASA (Agência Espacial Norte Americana) e a ESA (Agência Espacial Europeia), o telescópio James Webb será responsável por permitir que especialistas saibam, por exemplo, como as primeiras galáxias surgiram. Isso pode parecer simples, mas ao cruzar os dados, fica mais fácil saber se existe ou não vida fora do Planeta Terra e do Sistema Solar onde vivemos. O telescópio James Webb possui um espelho primário que pode chegar a 6,5 metros, sendo quase 3 vezes maior do que a peça no telescópio Hubble. Inclusive, o mesmo foi projetado para ser um sucessor do Hubble, dando apoio ainda maior para podermos saber mais sobre a vida no espaço, assim como descobrir a origem de várias coisas até chegarmos onde estamos hoje. Falando mais sobre o telescópio James Webb, o mesmo é importante porque sua tecnologia permite que nossa busca de vida fora do Planeta Terra seja ainda mais intensificada. Isso porque o espelho possui 18 segmentos hexagonais folheados a ouro, cada um com 1,32 metros de diâmetro. A NASA já informou que este é o maior espelho que a mesma já construiu, onde será possível captar mais luz e enxergar mais longe. O novo modelo recebeu este nome em uma homenagem a James Edwin Webb. Este era o nome de um antigo programador da NASA que trabalhou no programa espacial Apollo, assim como em diversas missões espaciais que foram essenciais para o conhecimento das galáxias.

Qual o custo de produção e manutenção feitos pela NASA e ESA?

Você pode estar imaginando que colocar um dos melhores telescópios do mundo em órbita não pode ser muito barato, certo? E não está pensando errado. Todo o desenvolvimento do telescópio James Webb custou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 56,2 bilhões) para ser tirado do papel, no qual a NASA e a ESA foram as envolvidas no projeto. Para comparação, o telescópio Hubble teve um custo total (somando todas as etapas de fabricação e lançamento) que varia entre US$ 4,5 e US$ 6 bilhões. Além disso, também se tem conhecimento de que a União Europeia realizou um investimento que ultrapassa os 593 milhões de euros no telescópio Hubble. Como o telescópio James Webb é ainda mais ambicioso, o alto custo até agora pode ser justificado com as possibilidades de conhecimento que ele irá proporcionar. Um ponto importante é que o telescópio James Webb não passará por manutenções, como acontece com o Hubble. A decisão foi tomada porque o novo lançamento da NASA ficará extremamente longe da Terra e seria inviável gastar dinheiro com reposição de peças e demais reparos.

O que muda em relação ao telescópio Hubble?

Desenvolvido para ir mais longe e também permitir que os grandes estudiosos de astronomia possam ver mais, o telescópio James Webb não é um substituto do telescópio Hubble, mas sim um complemento. Apesar de ser maior e ter uma maior potência, ambos irão trabalhar juntos para que a descoberta de possível vida fora da Terra seja impulsionada. O telescópio James Webb ficará a 1,5 milhões de km de nosso planeta, em um ponto que leva o nome de Lagrange Terra-Sol L2. Para que a compreensão fique mais fácil: a Terra está a 150 milhões de km do sol. A Lua, que apesar de parecer estar perto, orbita o planeta onde vivemos a aproximadamente 345 mil km. O telescópio Hubble, que foi lançado em 24 de abril de 1990, possui uma altitude de 570 km acima da Terra. Em uma comparação entre o espelho primário do telescópio Hubble (2,4 metros de diâmetro) e o do James Webb (6,5m de diâmetro) é que devido a ser quase 3 vezes maior que seu “antecessor”, ele consegue ir mais longe e entregar imagens melhores. Além disso, o telescópio James Webb também consegue “enxergar” em infravermelho, tecnologia que não está presente no Hubble. Na verdade, há uma visão mínima no modelo dos anos 90, já com o telescópio James Webb isso será feito de forma integral e sem percas na imagem.

Por que o telescópio ficará tão longe do Planeta Terra?

Devido a possuir compatibilidade com infravermelho, o James Webb precisa estar em regiões frias para que não aconteçam problemas com suas peças e demais componentes. Imagine: de que valeria todo o investimento se, em pouco tempo, o lançamento fosse completamente destruído? Para que os sinais astronômicos não sejam afetados segundo a radiação infravermelha do James Webb, tudo deve estar bastante gelado. A NASA e a ESA citaram que, para funcionar sem problemas, é necessário que o telescópio James Webb esteja a no mínimo, -223?°C. O outro motivo pelo qual o James Webb estará tão longe da Terra é a atração gravitacional. Isso pode ser explicado porque o local para onde o telescópio será enviado, que leva o nome de Lagrange L2, é semiestável em relação ao Sol e a Terra. Além de evitar que o mesmo não passe por problemas, os desenvolvedores sabem que ao colocar o produto neste ponto, é possível manter tanto nosso planeta quanto o Sol e o James Webb em órbita, onde a atração gravitacional da Terra e Sol “segura” o telescópio. Também há um baixo gasto de combustível nesta região e não há como reabastecer devido aos altos custos, tornando o Lagrange L2 é o ponto perfeito.

Durante quanto tempo o Telescópio James Webb ficará em órbita?

Se espera que o telescópio que trabalhará em conjunto com o Hubble fique no espaço por 5 anos, mas isso pode ser estendido caso necessário. É importante lembrar que vai levar seis meses para que o telescópio James Webb chegue ao local desejado, então com o lançamento acontecendo em 18 de dezembro deste ano, começaremos a ver as imagens do que está sendo visto apenas a partir de maio do ano que vem. Tanto a NASA quanto a ESA estão com o pensamento de que o tempo em órbita seja maior, então se espera que o telescópio James Webb envie fotos e demais dados que irão ajudar na descoberta de vida fora da Terra por dez anos. Esta é a data recomendada para que equipamentos espaciais fiquem em órbita. Mas lembrando que o Hubble foi lançado pela primeira vez em 1990 e está ativo até hoje, apesar de ter recebido algumas melhorias. Os desenvolvedores querem aproveitar o “novo brinquedo” ao máximo. Você acha que o telescópio James Webb pode ser utilizado para a descoberta fora da Terra? Comente conosco!

Veja também

Nesta semana, veja detalhes da construção do telescópio que será lançado em dezembro deste ano: Fontes: BBC, CNN Brasil, G1, Agência Brasil e Wikipedia

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